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A Polícia Federal indiciou nesta quinta-feira (21) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o general da reserva Braga Netto (PL) e outras 36 pessoas sob acusação de conspirarem contra o Estado Democrático de Direito. Essa é a primeira vez no Brasil democrático que um ex-presidente é formalmente implicado em um caso desse tipo.
Os envolvidos são acusados de crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do sistema democrático e formação de organização criminosa. Segundo a investigação, os suspeitos atuavam em núcleos específicos, cada um com responsabilidades distintas, que iam desde a disseminação de desinformação e ataques ao sistema eleitoral até o planejamento de ações militares e medidas de força.
Entre as evidências apresentadas estão mensagens, vídeos, gravações e documentos, além de relatos obtidos por meio da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Plano Envolvia Estado de Sítio e Assassinatos
Um dos documentos mais contundentes é uma minuta de decreto que propunha instaurar um “Estado de Sítio” no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em um vídeo de reunião ministerial, Bolsonaro foi registrado afirmando a necessidade de agir antes das eleições:
"Se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil", disse o ex-presidente.
As investigações também revelaram um plano alarmante contido no HD do general Mário Fernandes. Esse material indicava a intenção de eliminar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. O plano detalhava armas, cenários de reação popular e riscos envolvidos, compondo um cenário preocupante de desestabilização institucional.
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